Desandando os filhos por ele adentro entre lençóis de lava-me e leva-me à escola que se faz tarde, o Sr. B., que tinha proveito de ocioso, aquiescia, os seus pés encaminhando-se para a casa de banho com café nas mãos e as volumosas meias luas em relevo sob os olhos pendendo-o para baixo.
- Chegar a tempo, primeira lição, é um jogo de azar, disse o Sr. B. enquanto afogava o café.De seguida, entre um sinal vermelho e uma rotunda, o Sr. B. fala de competição, de sorte, do simulacro e da vertigem entre o mundo e a impessoalidade da Lei. Sempre que o semáforo fica verde, o Sr. B. faz uma pausa e um arranque. Chegados ao lugar de poiso e frente ao destino naturalmente mais sossegados, desandam os cinco primeiros para a escola em passo de marcha. O sexto permanece, afundado no mapa dos estofos.
- Algum problema, Sextus Empiricus? pergunta o Sr. B., vincando nos três pontinhos a natural ausência que se deveria seguir.
- Nenhum. Mas competimos para chegar a tempo, mesmo se foi uma sorte, não competimos? E eu tive vertigens, Francisco Sextus Empiricus sorria.
- Claro, Sextus, disse o Sr. B., claro. Por vezes até o vosso pai é competente, mas isto permanecerá um segredo, algo entre nós.
- Vais voltar para a cama?
- Não se pode estar sempre a competir, concordas?
afinal os netos da macaca também inspiram o macaquinho! que ternurento, macaquinho!
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